Atualmente a neuropsicologia tem uma ampla gama de empregabilidade, tanto na realização de pesquisas quanto na área clínica, que são geralmente de natureza multiprofissional e tem como foco a investigação desde as alterações cognitivas mais tênues até o campo da reabilitação.


O neuropsicólogo atua principalmente na avaliação neuropsicológica das sequelas de disfunções do cérebro e na estimulação ou treino cognitivo que por sua vez, pode estar associado ao desenvolvimento atípico do cérebro, como exemplo: o transtorno do déficit de atenção/hiperatividade, dislexia, discalculia, transtorno do espectro autista ou naquelas adquiridas após um aneurisma, traumatismo craniano, acidente vascular cerebral ou demência.


A neuropsicologia na prática clínica faz interface com a neurologia, psicologia, psiquiatria, pedagogia, geriatria, fonoaudiologia, dentre outras áreas, aplicada para relacionar o funcionamento cerebral com o comportamento e seu impacto na vida do sujeito. As intervenções ocorrem desde com crianças até idosos.


O que é avaliação neuropsicológica?

É uma investigação das funções cognitivas e o comportamento. Consiste na aplicação de técnicas de entrevistas, testes quantitativos e qualitativos das funções que compõem a cognição, abrangendo processos de atenção, percepção, memória, linguagem, funções executivas (raciocínio). (Malloy-Diniz, Fluentes, Mattos, Abreu e cols., 2010).


O processo de avaliação é composto pelas seguintes etapas:

  • Entrevista, que objetiva a coleta de informações do histórico de vida do paciente, antecedentes familiares, história da doença atual e o motivo da avaliação, como por exemplo, se é devido à solicitação externa, escola, pediatra, psiquiatra, neurologista.
  • Seleção de testes psicológicos padronizados, baterias breves ou testes de rastreio, sendo que a escolha do método dependerá das demanda que se pretende investigar.
  • Análise e interpretação dos dados obtidos na aplicação, correlacionando com o impacto cognitivo das doenças neurológicas e os dados da entrevista para compor o relatório da avaliação.
  • Devolutiva, dá um desfecho ao processo, respondendo a demanda da avaliação e fornecendo orientações para auxiliar o prognóstico do quadro clínico apresentado.

Referências Bibliográficas Malloy-Diniz , L.F. [et al.]. Avaliação neuropsicológica – Porto Alegre: Artmed, 2010.

 

 

 

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Isis Honorato

Psicóloga e Neuropsicóloga (CRP 06/92763)

Palestrante e escritora, sou espontânea, alegre, esperançosa, tenho a fala mansa e sou apaixonada pelo funcionamento do cérebro, principalmente a memória, pelas emoções e seus reflexos no comportamento. 

Através do autoconhecimento promovido pelo compartilhamento de histórias e conhecimento científico, nos mudamos mutuamente, ressignificado a história de vida, criando novas possibilidades para utilizarmos toda nossa capacidade mental. 

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