O que até pouco tempo era conhecido por Dispareunia e Vaginismo agora está nomeado como Transtorno da Dor Genito-Pélvica e se trata de toda e qualquer dor relacionada ao ato sexual, penetração ou tentativa de fazê-lo.
Pode ocorrer desde a primeira relação sexual, ser eventual, estar relacionada com determinada parceria ou acontecer apenas em certa fase da vida. Suas causas podem ser físicas (infecções e doenças que atingem o útero, canal da vagina, ânus e toda a região pélvica), mas também é muito comum que a dor esteja associada a fatores psicológicos.
Quando falamos de fatores psicológicos nos referimos a situações vividas, pensamentos, valores, costumes e crenças específicas, sobretudo em relação ao próprio corpo, ao sexo e aos relacionamentos. Medo, angústia e outros sofrimentos tendem a causar tensão em nosso corpo, o que por si só ocasiona contração na musculatura pélvica, dificultando ou impedindo a penetração; a contração muscular já pode causar dor, então qualquer atrito piora o desconforto.
O Transtorno da Dor Genito-Pélvica pode impactar muitas áreas da vida da mulher, desde o desconforto ou impossibilidade de uma relação sexual, esquiva de contato íntimo e relações afetivas, afastamento do parceiro, evitação de encontrar novos parceiros e até exames médico-ginecológico.
Ao identificar a dor o primeiro passo é passar por avaliação médica para verificar fatores físicos, não havendo causas orgânicas segue para avaliação psicológica. A psicoterapia com enfoque na sexualidade seria o mais indicado.
Lembre-se sentir dor no ato sexual não é normal.
Monica Gonçalves de Melo Teixeira
Psicóloga e Psicoterapeuta Sexual (CRP 06/81984)
Atendo adolescentes, adultos e casais, com diversas dificuldades, sobretudo queixas sexuais. Gosto de aprender e compreender sobre o mundo, conexões e inter-relações coletivas e individuais. Tenho paixão pelo que nos constrói e o que construímos nos variados campos, e um profundo respeito pela Psicologia.